Early in the 21st Century, THE TYRRELL CORPORATION advanced Robot evolution into the NEXUS phase—a being virtually identical to a human—known as a Replicant.
The NEXUS 6 Replicants were superior in strength and agility, and at least equal in intelligence, to the genetic engineers who created them.
Replicants were used Off-world as slave labor, in the hazardous exploration and colonization of other planets.
After a bloody mutiny by a NEXUS 6 combat team in an Off-world colony, Replicants were declared illegal on earth—under penalty of death.
Special police squads—BLADE RUNNER UNITS—had orders to shoot to kill, upon detection, any trespassing Replicant. This was not called execution.
It was called retirement.
É com estas linhas que abre o filme Blade Runner – Perigo Iminente, um dos grandes clássicos do cinema de ficção científica de regresso às salas de cinema. Por ocasião dos 25 anos desde a sua data de estreia, é exibido o final cut, considerada a versão defintiva pelo seu realizador, Ridley Scott.
O filme teve um tremendo impacto em toda a produção cinematográfica do final do século, com os seus cenários distópicos futuristas, criando um futuro negro e verosímil, que desafia o espectador a reflectir sobre as grandes questões da Humanidade, sobre vida e imortalidade, sobre o inevitável avanço da tecnologia e a decrepitude da raça humana, sobre o papel divino de Homem e a sua incapacidade para lidar com a sua criação. Há muito a dizer sobre o filme, abrindo portas para um poço inesgotável de questões.
Baseado na obra de Phillip K. Dick, Do Androids Dream of Electric Sheep?, o filme estreou pela primeira vez em 1982, tendo então sido um fracasso de bilheteira. Sucessivas gerações de espectadores reconheceram-no como uma obra-prima e rapidamente tornou-se um filme de culto, sendo hoje considerado pelo público e crítica como um dos filmes pós-modernistas mais influentes do século XX.
A história envolve um Blade Runner de nome Rick Deckard (Harrison Ford) que é forçado a ir em perseguição de cinco replicantes foragidos em liberdade no planeta Terra. Como líder dos replicantes, Roy Batty (Rutger Hauer) sabe que em breve eles irão morrer, devido a um mecanismo de segurança que limitou a vida dos replicantes a apenas quatro anos. Desesperado para prolongar a vida e evitar a morte, confronta o seu próprio criador, a Tyrrell Corporation.
À medida que envelhecem, os replicantes gradualmente tornam-se cada vez mais humanos e anseiam por experiências emocionais. São anjos perfeitos caídos em desgraça e Roy lamenta o fim prematuro das coisas que viu e experienciou. A sociedade mostra nenhuma compaixão para com estas máquinas avançadas e, um por um, são abatidos.
Mesmo com a angústia que aparentemente habita o coração da história, o amor sobrevive e a luz que bate nos rostos das personagens é a luz de uma ténue esperança num mundo em que o Homem perdeu o controlo das suas acções e onde as máquinas se tornaram o nosso próprio Lúcifer incompreendido e marginalizado pelos céus inclementes.
As temáticas filosóficas e humanísticas presentes em Blade Runner , juntamente com os cenários urbanos distópicos e depressivos, e uma assombrosa banda sonora ao cuidado dos Vangelis, dotaram o filme de uma profundidade raramente vista num filme de ficção científica e tornou-o o exemplo máximo de excelência que ainda hoje não foi igualado, num tempo em que o cyberpunk e thrillers futuristas pós-apocalípticos abundam nas livrarias e salas de cinema.
Não percam a experiência única de ver Blade Runner num ecrã de cinema. Podem encontrá-lo em exibição nos salas de cinema Corte Ingles, em Lisboa.