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Archive for Junho, 2005

João Barreiros
A Verdadeira Invasão dos Marcianos

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O projecto Filhos de Athena acaba de lançar a II edição do fanzine, uma publicação electrónica trimestral, que pretende coligir alguns dos melhores textos e arte que vieram a nascer entre a comunidade, ao longo do tempo.

A I edição, lançada em finais de Março, tendo mostrado uma boa receptividade por parte do público, levou à continuação da iniciativa por parte da equipa, mais conhecida como Zeladores de Athena, e que agora disponibiliza o 2º número.

FDA

Destaque para uma crónica sobre Mil Novecentos e Oitenta e Quatro de George Orwell, e dois textos literários com sabor a fantástico. Terra e Sangue da autoria de Bruno Jacinto, uma evocação de batalhas históricas que surgem em sonhos ao personagem, e o excelente texto da autoria de Buf, O Comboio Fantasma , que não falha todos os dias, à meia-noite, a sua recolha de passageiros…

Para aceder à publicação, clique aqui.

Uma iniciativa que promete continuação.

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A Guerra dos Mundos

H.G. Wells
A Guerra dos Mundos

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Elric

Michael Moorcock

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A Canção de Kali, romance de estreia do americano Dan Simmons, que produziria mais tarde livros como Carrion Comfort, Hyperion e presentemente a trilogia Ilium, tem 18 capítulos. Pode parecer estranho começar a resenha desta maneira mas, para este leitor, esse facto fez toda a diferença!

Robert Luczak é um cronista americano contratado para viajar até à cidade indiana de Calcutá com a missão de obter o manuscrito da mais recente obra do poeta local M. Das, dado como morto há dez anos. Acompanhado pela mulher, de origem indiana, e pela filha de poucos meses, Robert chega a uma cidade que o autor define como «demasiado maléfica para que lhe seja permitida a existência».

Quem tenha alguma vez assistido ao filme de David Lean, Passagem para a Índia, estará em vantagem para apreciar o efeito de Calcutá, e no fim de contas da Índia, na mente, ainda que aberta, de Robert. Por seu lado, Dan Simmons evoca constantemente imagens de uma Calcutá imunda, miserável e caótica. Aos poucos, os casos de simples choque cultural vão evoluindo, primeiro para bizarros episódios e depois para situações de terror. Mesmo para nós, ocidentais, o culto da deusa Kali, de má fama após a repressão do culto Thuggee pelos Ingleses, conserva ainda consideráveis conotações fantásticas (basta lembrar o filme Indiana Jones e o Templo Perdido).

Por 17 capítulos, simpatizamos com as posições de Robert, ficamos desorientados com as suas supostas alucinações e seguimos as suas atribulações com uma apreensão crescente. No entanto, tudo se resume a um “horror” do dia-a-dia. E o facto de se terem passado 20 anos desde a publicação d’A Canção de Kali (1985) joga ainda mais a favor do efeito desejado por Dan Simmons (que, no seu site oficial, inclui este livro não na categoria “horror” mas na de “ficção mainstream”). Nestes 20 anos, principalmente a televisão, tornou-nos menos sensíveis aos aspectos gráficos da miséria e violência humanas. Ainda que nos impressione, olhamos para o “horror” urbano descrito pelo autor com olhos cada vez mais racionais.

Para além das descrições da própria cidade, a obra está repleta de personagens “com sumo”. Amrita, Abe Bronstein, T.H. Krishna, Michael Leonard Chatterjee, o inspector Singh, vêem o seu protagonismo rivalizado pelos vários cidadãos anónimos que Robert vai encontrando por Calcutá.

Perto da conclusão do livro somos lembrados da capacidade que a natureza humana tem para praticar o “mal” de uma maneira desprendida, mas não mais do que seríamos pelo noticiário da TVI ou pelo jornal “O Crime”. Confesso que, nesse momento, pensei que afinal o livro se iria demonstrar uma desilusão, principalmente considerando a fama de ter sido a primeira primeira-obra a receber o World Fantasy Award. Apesar do toque “exótico”, nada o parecia diferenciar de um normal thriller (bem escrito!).

Mas é com o 18º capítulo que a obra assume uma dimensão de sentimentos verdadeiramente épica. É aqui que a Canção de Kali ganha a sua verdadeira dimensão, muito para além do «Buraco Negro de Calcutá». E é aqui que Dan Simmons nos deixa a pensar enquanto concluímos finalmente o livro… Um livro a não perder.

Quanto à edição portuguesa, é pena que não seja dada indicação de ter tido um revisor; já que a tradução, apesar de competente no geral, sofre de algumas falhas, principalmente na manutenção em inglês de vocábulos com equivalente estabelecido na nossa língua e na passagem demasiado literal de algumas expressões idiomáticas para português. A nota da contra-capa pareceu-me também algo inadequada para o conteúdo do livro. Nota positiva para a capa da autoria de Clementina Cabral.

Clássica Editora, Colecção Limites, ISBN: 9725612159, publicado em 1993.

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Unless the almighty maker them ordain
his dark materials to create more worlds

Traduzido para português como Os Reinos do Norte, sob chancela da editorial Presença, este consiste no 1º volume da trilogia do autor britânico Phillip Pullman, Mundos ParalelosHis Dark Materials – já considerado um clássico da literatura fantástica.

A história desenrola-se num mundo com características semelhantes ao nosso, tendo como protagonista Lyra Belacqua, uma jovem rapariga que passou a sua infância em Oxford, Jordan College, entre professores anciãos, sempre o seu espírito indomável assumindo-se como rebelde contra a autoridade. Acompanha-a por todo o lado o seu génio, Pantalaimon. No universo de Pullman, todos os humanos possuem um génio, ao qual estão ligados espiritualmente, e que assume diferentes formas de animais até estabilizar numa única forma, após a puberdade.

Pullman

Lyra espia uma conversa entre o seu tio Asriel e os anciãos sobre misteriosos acontecimentos ocorridos no Norte, que envolvem uma estranha substância a que dão o nome de.
O Conselho de Oblação,o Aletiómetro, os ciganos, a ambígua e misteriosa personagem de Mrs. Coulter, as bruxas, os ursos são apenas algumas das personagens e objectos que a acompanham ao longo da sua busca por respostas ao enigma do Pó. A partir do momento em que envereda por este caminho, o destino de Lyra é selado e acaba por ser envolvida por uma espiral de eventos que culminam numa profecia que, a não ser cumprida, levará à destruição de todos os mundos.

Pullman tem a capacidade de contar uma história e arrastar o leitor consigo, hipnotizá-lo e fazê-lo acreditar na odisseia de Lyra e os seus companheiros. A narrativa desenvolve-se com extrema fluidez, fazendo acorrer à mente do leitor todas as imagens com grande clareza. Ainda que contenha muitos elementos de fantasia de foro tradicional, revela que por baixo de um bom contador de histórias, esconde-se também um crítico, neste caso, um crítico à Instituição da Igreja, aqui retratada como capaz dos piores actos, relembrando os negros tempos da Inquisição.

Rico em referências religiosas, o próprio título da série, inspirado em Paradise Lost de John Milton, deixa antever o desejo do autor em exprimir a história bíblica da criação e queda do Homem, de uma perspectiva pessoal e pouco usual.

São também abordadas questões como a busca do conhecimento a todo o custo reprimida, ameaçada por forças que desejam cobrir com o manto da ignorância o Homem e afastá-lo da luz. Estes são alguns dos aspectos subtilmente retratados por Pullman em Northern Lights e, ainda que seja permeado por um tom aparentemente juvenil, não pretende ocultar um lado humano tenebroso e forças obscuras, contra os quais Lyra irá lutar com toda a sua coragem e todas as suas forças.

A trilogia continua com The Subtle Knife – A Torre dos Anjos – e The Amber Spyglass – O Telescópio de Âmbar, recomendados a pequenos e graúdos.

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Revelando-se mais uma vez o mais internacional dos escritores portugueses de Ficção Científica, João Barreiros vê mais um trabalho seu ser traduzido para castelhano.

La Verdadera Guerra de los Mundos, agora lançado pela editora espanhola Bibliópolis, inclui as novelas Não estamos Divertidos, A Verdadeira Invasão dos Marcianos e ainda, como bónus, Disney no Céu entre os Dumbos.

Está também anunciado para breve a inclusão do seu conto Sincronicidade na antologia Semillas del Tiempo.

Sem dúvida um autor a representar, entre nuestros hermanos, o que de melhor tem sido produzido pela FC nacional.

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O Guerreiro Lobo

Poucos meses depois do lançamento do livro de estreia de Sandra Carvalho, eis que é lançado o 2º volume da Saga das Pedras Mágicas, com o título O Guerreiro Lobo.

Carvalho

Na sequência dos dramáticos acontecimentos que encerram o primeiro volume desta saga, A Última Feiticeira, Catelyn é levada com os seus captores para a Terra Antiga. Aí, a jovem feiticeira descobre os fios que entretecem o seu próprio destino com o daqueles que agora a acolhem. Descobre igualmente que aquele viquingue que a salvou de uma morte certa é alguém que ela já tinha vislumbrado em intrigantes visões. Throst, filho de Thorgrim, é agora o seu senhor. Mas os segredos do Universo, guardados no topo da Montanha Sagrada são indiferentes aos desígnios humanos. Catelyn anseia por apoiar as mãos na Pedra do Tempo e encontrar a solução para os enigmas que a atormentam, assim como por prosseguir a sua aprendizagem da Arte Superior.

A escritora, natural de Sesimbra, influenciada por autoras como Marion Zimmer Bradley e Juliette Marillier, dá continuidade, deste modo, à aventura da última feiticeira na busca de respostas aos enigmas que a atormentam.

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The Subtle Knife

Phillip Pullman

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Filhos de Athena

O projecto Filhos de Athena lançou um passatempo dedicado a Ficção Científica, sob o mecenato de Ricardo Loureiro, ex-editor do fanzine Hyperdrivezine.
O tema será dedicado ao sub-género do Cyberpunk e irá incidir nas modalidades texto e ilustração, sendo o prémio constituído por 100euros para cada modalidade.
Para os interessados em concorrer, o prazo de entrega termina a 31 de Julho de 2005. Mais informações estão disponíveis no Regulamento.

1. Este passatempo visa estimular a produção artística/literária no género da Ficção Científica e mais concretamente no subgénero Cyberpunk.

2. As modalidades deste passatempo assentam sobre a ilustração e o texto.

3. Por ilustração entende-se obra de carácter gráfico podendo concorrer fotografias, desenhos a mão livre, arte digital e/ou uma mistura de qualquer uma destas vertentes, a cores ou a preto e branco. As ilustrações deverão ser rigorosamente originais, não tendo como base trabalhos já existentes. As ilustrações deverão concorrer em formato digital, sendo aceites os mais comuns (TIFF, JPEG, GIF, BMP), devendo ter como dimensões mínimas 1024 x 768 pixels e dimensões máximas 2272 x 1704 pixels.

4. Por texto entende-se obras ficcionais escritas em língua portuguesa, rigorosamente originais. Os textos deverão concorrer em formato digital, sendo aceites os mais comuns (TXT, RTF, DOC), devendo ter 3000 palavras no mínimo e como máximo 7000 palavras.

5. As obras (ilustrações ou textos) devem ser enviadas em anexo de e-mail para hyperdrivezine@yahoo.com indicando no corpo da mensagem o nome completo e morada do autor e no assunto “Passatempo Ficção Científica (Cyberpunk)”. Cada concorrente pode concorrer quantas vezes queira desde que envie separadamente cada obra.

6. O prazo de entrega termina a 31 de Julho de 2005. A decisão do júri será única, não passível de discussão e oportunamente tornada pública.

7. O júri é composto por três elementos idóneos que analisarão independentemente e com total isenção as obras submetidas. Os vencedores serão determinados por unanimidade.

8. Caso o júri considere que nenhuma obra reúne o mínimo exigível de qualidade o prémio poderá ser considerado nulo.

9. Os prémios consistem em 100 euros para cada modalidade. A modalidade de ilustração terá 100 euros como prémio único. De igual modo a modalidade de texto terá 100 euros como prémio único. A entrega do prémio será efectuada após prévia combinação com os vencedores.

10. O júri pode ainda decidir atribuir menções honrosas. Caso as haja será determinado a posteriori qual o prémio adequado que contudo não excederá em valor pecuniário o prémio principal.

11. O júri e o patrocinador do passatempo reservam-se o direito de publicarem as obras vencedoras e as menções honrosas online e/ou em papel, não implicando o uso dessa prerrogativa qualquer pagamento adicional aos autores e não se considerando tal publicação reserva exclusiva de direitos por tempo indeterminado.

12. Os direitos dos autores estão salvaguardados pela Convenção Internacional da qual Portugal é ratificante. (mais informação: http://www.estig.ipbeja.pt/~ac_direito/registoautor.htm http://www.law.cornell.edu/treaties/berne/overview.html ou http://www.gda.pt/codigo/lei_01.html )

13. A participação no passatempo implica a aceitação deste regulamento na íntegra.

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